
A
comunidade era constituída por doze vizinhos. Habitavam uma encosta
suave e viviam de vegetais e de alguma criação. A água era a
grande riqueza de que todos careciam. Em estações húmidas, uma
única nascente alimentava a várzea. Escorria para uma charca a céu
aberto e represava, enquanto a escuridão era vagamente atenuada pela
luminosidade espetral que se escapava da imensa bola do planeta
vizinho. Em tempos secos, era preciso pôr bestas potentes a puxá-la
da fundura do poço adjacente à presa. Quando o Sol se fazia ver, a
temperatura subia um pouco e era tempo de libertar a água retida.
Seguia...