
Quando
Cacilda deu por si, após um curto
período de sensação de irrealidade, percebeu que se transformara
numa árvore do jardim em frente de sua casa.
Permaneceu
de braços levantados, curiosamente sem esforço, e pernas bem
metidas na terra, como quem tem medo de se mexer em uma situação de
perigo. Não conseguia discernir sons nem imagens, mas a agitação
do ar trazia-lhe muita informação óbvia e outra que ainda não
sabia bem interpretar.
O
mesmo acontecia
às subtis vibrações do solo que lhe faziam tremelicar as pernas.
«O
que terá acontecido?», surgiu na nebulosa
da sua consciência,...