
Com
um pedaço de barro se fez o Homem — diz o texto antigo.
Com
uma porção de pasta de moldar encho as mãos. Amasso-a entre dedos
e palma, longamente. Aquece, amolece, como massa de pão. A tepidez
potencia a impressão de textura de pele. Sinto que não há nada
mais sensual.
A
pasta revela-se infinitamente moldável, maleável, modelável.
Obedece docilmente aos movimentos não pensados das minhas mãos.
Sem
que as procure, surgem-me formas anatómicas. Como não, se vivemos
rodeados delas, nos seres, nas pessoas? Crio espessuras,
rotundidades; ensaio estiramentos.
Surgem
cabeça, tronco,...